Manifestações contra a aprovação da PEC 37 |
A revogação dos reajustes do valor das passagens
de ônibus foi a primeira vitória dos manifestantes. A prefeitura de São Paulo,
principal cidade governada pelo PT, foi a primeira a recuar dos reajustes - e
foi seguida por administrações municipais em todo o país.
Em seguida, a Câmara dos Deputados aprovou a
destinação dos royalties do petróleo extraído na camada do pré-sal para
Educação (75%) e Saúde (25%), contemplando demandas das ruas por mais
investimentos nas duas áreas e o 'padrão Fifa', como pediam cartazes irônicos
nas manifestações, em alusão às exigências por padrões elevados para estádios
de futebol - que deveriam ser usadas também nos serviços públicos..
A terceira vitória dos manifestantes veio com a
derrubada da Proposta de Emenda Constitucional 37, a chamada PEC 37, na noite
desta quarta-feira, que retirava do Ministério Público o poder de investigação.
O que está por vir
Agora, lideranças parlamentares dão sinais de que
outras reivindicações entrarão em pauta do Congresso imediatamente, como o fim
do voto secreto em algumas sessões parlamentares e o projeto que permite a
chamada 'cura gay'.
Os dois projetos tramitam na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. No caso da 'PEC do Voto
Aberto' - que acaba com o voto secreto nos processos de cassação de mandato, o
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), quer que seja aprovada
ainda esta quarta-feira.
Já o decreto legislativo que derruba trechos de
uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que impede profissionais de
'tratarem' homossexuais, Alves quer que o texto, elaborado pelo deputado Marco
Feliciano (PSC-SP), seja derrubado em plenário - e sepultado em definitivo.
Reforma Política
Depois de reuniões com a Confederação Nacional
dos Bispos do Brasil, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Movimento de Combate
à Corrupção Eleitoral, o governo garantiu a realização de um plebiscito sobre a
reforma política já em setembro, incluindo a chamada lei partidária e a lei
eleitoral.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, as entidades trouxeram 'uma agenda nova e interessante', e agora
cabe ao Congresso aprovar a proposta de plebiscito.
Por Jo Pinheiro
Fonte: Estadão
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