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Repórter Jô Pinheiro

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Á GRANDE AVALANCHE

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Olá amigo leitor, convido você a fazer comigo uma profunda reflexão sobre uma página da história que estamos escrevendo, talvez nem percebamos, mas estamos vivendo o tempo da imagem, há um desejo desenfreado de expor as pessoas, ou as pessoas desejam se expor?  As ferramentas tecnológicas de registro de imagem aumentam a cada dia e se tornam cada vez mais populares e acessíveis. Jovens e pessoas de todas as idades fazem uso de câmeras fotográficas e equipamentos de capitação de imagem que já não são mais simplesmente câmera propriamente dita. São lentes e mais lentes que vem acopladas a telefones celulares, em tabletes, em notebooks em canetas e até em relógios. Isso sem contar com as câmeras das lojas, das recepções de clínicas, bancos em fim, aja câmera. Afora isso ainda temos as fotos espontâneas, pessoas fotografam as outras e se fotografam na escola, na intimidade, no trabalho, na igreja, no lazer, e até nos hospitais. Outro dia ouvi um diretor de escola lamentar por não poder colocar uma câmera no banheiro daquela unidade escolar para gravar atos de vandalismo de alunos que depredam o tal banheiro. Nota-se uma ansiedade pela notoriedade humana, é uma grande avalanche da mercantilização da imagem que revoluciona os meios de comunicação visual e acelera cada vez mais a poderosa indústria da tecnologia que fabrica dia a dia milhares e milhares de agentes poluentes indestrutíveis na natureza, sem contar com a exposição das pessoas que são vistas  aos montes nas redes sociais. Já é possível encontrar pessoas no facebook, ou em qualquer parte da grande rede pesquisando por nomes de famílias, por exemplo: pesquisar a palavra chave “Braga”, aparecerão muitas fotos com os mesmos traços físicos e biótipos parecidos e assim acontecerá com outras famílias que forem pesquisadas. Seria exagero pensar que está criada e em pleno funcionamento uma grande máquina que nos leva para o mesmo lugar? E que lugar é esse? Qual é sua real finalidade? Será que estamos formando um imenso banco de imagens e até de dados pessoais, gostos e particularidades que em pouco tempo nos transformará em produtos humanos? Mas, tem a parte boa? Deve ter fica o convite á reflexão, a preocupação é: até aonde vamos? Ou para onde estamos indo? Até a Próxima. 

Por Jo Pinheiro

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