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Olá amigo leitor, convido
você a fazer comigo uma profunda reflexão sobre uma página da história que
estamos escrevendo, talvez nem percebamos, mas estamos vivendo o tempo da
imagem, há um desejo desenfreado de expor as pessoas, ou as pessoas desejam se
expor? As ferramentas tecnológicas de
registro de imagem aumentam a cada dia e se tornam cada vez mais populares e acessíveis. Jovens e pessoas de todas as idades fazem uso de
câmeras fotográficas e equipamentos de capitação de imagem que já não são mais
simplesmente câmera propriamente dita. São lentes e mais lentes que vem acopladas
a telefones celulares, em tabletes,
em notebooks em canetas e até em
relógios. Isso sem contar com as câmeras das lojas, das recepções de clínicas,
bancos em fim, aja câmera. Afora isso ainda temos as fotos espontâneas, pessoas
fotografam as outras e se fotografam na escola, na intimidade, no trabalho, na
igreja, no lazer, e até nos hospitais. Outro dia ouvi um diretor de escola
lamentar por não poder colocar uma câmera no banheiro daquela unidade escolar
para gravar atos de vandalismo de alunos que depredam o tal banheiro. Nota-se
uma ansiedade pela notoriedade humana, é uma grande avalanche da
mercantilização da imagem que revoluciona os meios de comunicação visual e acelera
cada vez mais a poderosa indústria da tecnologia que fabrica dia a dia milhares
e milhares de agentes poluentes indestrutíveis na natureza, sem contar com a exposição
das pessoas que são vistas aos montes nas
redes sociais. Já é possível encontrar pessoas no facebook, ou em qualquer parte da grande rede pesquisando por nomes
de famílias, por exemplo: pesquisar a palavra chave “Braga”, aparecerão muitas
fotos com os mesmos traços físicos e biótipos parecidos e assim acontecerá com
outras famílias que forem pesquisadas. Seria exagero pensar que está criada e
em pleno funcionamento uma grande máquina que nos leva para o mesmo lugar? E
que lugar é esse? Qual é sua real finalidade? Será que estamos formando um
imenso banco de imagens e até de dados pessoais, gostos e particularidades que
em pouco tempo nos transformará em produtos humanos? Mas, tem a parte boa? Deve
ter fica o convite á reflexão, a preocupação é: até aonde vamos? Ou para onde
estamos indo? Até a Próxima.
Por Jo Pinheiro
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