A
primeira paciente já foi beneficiada. Portadora de uma miocardiopatia
periparto, doença cardíaca adquirida durante a gravidez, Francisca Margaret
Pinheiro da Silva, de 27 anos, aguardava a doação de um coração em estado muito
grave, dependendo de oxigênio, drogas vasoativas e terapia intensiva. A doação
ainda não apareceu, mas na última semana, a paciente recebeu o implante
de dois dispositivos de assistência circulatória mecânica e passa bem no
Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes.
Margaret
é a nona paciente a ser beneficiada pelo Programa Coração Artificial do
Hospital de Messejana. Os procedimentos, que iniciaram em 2006, deram início a
uma nova fase do Transplante Cardíaco no Estado do Ceará. Consiste na
utilização de dispositivos de assistência circulatória, implantados fora do
corpo, que atuarão como ponte para o transplante de pacientes que se encontram
em grave estado de saúde, a ponto de não poder esperar pela doação de um órgão.
Esta
semana o Governo do Estado do Ceará autorizou a aquisição de 16 novos
dispositivos de assistência circula mecânica. “Essa iniciativa permite a
continuação do Programa Coração Artificial, mantendo o Ceará e o Hospital de
Messejana na liderança desse tipo de serviço, permitindo a solução do problema
como o Ministério da Saúde, que é o custeio desses equipamentos pelo poder
público”, disse o cirurgião cardíaco Juan Mejia, coordenador do Programa
Coração Artificial. Ele revelou ainda que a perda de candidatos a transplantes
cardíacos em lista de espera no Brasil varia entre 20% (Fortaleza) e 60% (São
Paulo). “Muitos desses pacientes chegariam a ser transplantados se tivéssemos
essas máquinas disponíveis quando necessário”
O
coordenador da equipe da Unidade de Transplante Cardíaco, Dr. João David de
Souza Neto, informou que os dois corações artificiais implantados vão ajudar
Margaret a esperar mais tempo pelo transplante. “A situação dela era
gravíssima. Chegou a entrar em choque cardiogênico várias vezes. Sem o implante
do coração artificial ela não poderia esperar”, ressaltou. A expectativa da
equipe médica é que o quadro de Margaret se estabilize para o transplante cardíaco.
A paciente permanece em observação, internada na Unidade de Terapia Intensiva
Pós-Operatória, aos cuidados de uma equipe multidisciplinar.
O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes é uma unidade terciária especializada no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas e pulmonares, dispondo de todos os procedimentos de alta complexidade nestas áreas e destacando-se no transplante cardíaco e pulmonar. A instituição é gerenciada pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA) e atende pacientes dos 184 municípios do Ceará e das regiões Norte e Nordeste do país.
Por Jo Pinheiro
Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital de Messejana
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