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Repórter Jô Pinheiro

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Luizianne reassume PT desafiada pela aliança com PSB



Ex prefeita de Fortaleza Luisiane Lins
A ex-prefeita Luizianne Lins está voltando. Após férias no Rio de Janeiro, para onde pode se mudar definitivamente em função de seus estudos, ela reassume cargo na presidência do PT no Estado em ambiente político diferente do que havia deixado aqui no ano passado: seu partido referendou a aliança com o PSB no plano estadual com somente dois votos contrários. Essa decisão vai de encontro ao que ela defende - os dois votos contrários foram dos membros da executiva estadual mais ligados a ela. Além disso, o PT discute seus dez anos à frente do Executivo e planeja as eleições internas, aproveitando o intervalo eleitoral para se preparar para 2014.

Nesse contexto, Luizianne precisará assumir posição institucional. “Esperamos que ela possa liderar processo de discussão para repactuar a relação entre PT e PSB”, afirma o deputado federal Artur Bruno (PT). Para ele, o PT precisaria participar das decisões estratégicas do governo Cid Gomes, o que não é feito atualmente. “Para que a aliança não seja apenas eleitoral ou em torno de cargos e secretarias”, aponta.

O diálogo entre Luizianne, como representante institucional do PT, e o PSB não deve transcorrer em águas calmas. A gestão petista tem sido golpeada não apenas pelo novo prefeito Roberto Cláudio, como também pelos Ferreira Gomes. O primeiro acusou a petista de “falta de honestidade” no imbróglio das passagens de ônibus – quando decreto assinado por ela aumentou o preço das passagens no último dia do ano. O ex-ministro Ciro Gomes chegou a dizer que a situação é de “descalabro” dentro da Prefeitura. E o governador Cid Gomes adjetivou Luizianne como “vaidosa, arrogante e personalista demais”. As rusgas entre Luizianne e Cid Gomes não extravasaram para o plano nacional. Mas o cenário que se desenha para 2014 pode estragar a parceria.

As primeiras atividades partidárias da ex-prefeita serão depois de amanhã. Na agenda, ato de comemoração pelos dez anos do partido à frente do Executivo federal – com a participação de Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e do presidente do PT, Rui Falcão. Lá, deve ser reafirmada a força de Dilma para 2014, afastando a possibilidade de eventual regresso lulista e alertando futuros adversários – tal como o ainda aliado Eduardo Campos (PSB), cujo nome fica cada vez mais robusto para a disputa presidencial.

O presidente interino do PT, Joaquim Cartaxo, entretanto, descarta que seja possível rascunhar as eleições do próximo ano sem que seja mera especulação. “Quem vai decidir sobre 2014 é a direção a ser eleita em novembro. Não dá para dizer que a conjuntura nacional será a mesma até lá”.
 Por Jo Pinheiro
Fonte: Jornal o Povo

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